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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Deus, único apoio.

"(...) Se não há em ti a locura da fé e se não confias até ao extremo no amor louco de Deus por ti, o teu avanço pelo caminho da fé continuará a fazer-se a passo de tartaruga, ou andarás mesmo para trás. Ao construir os teus sistemas humanos de segurança impedes o crescimento da tua fé. Esta só se há-de aprofundar a partir do momento em que aceites que seja Deus o teu único fundamento e a tua única segurança. Com efeito, Ele tem o direito de reclamar que lhe entregues tudo; tudo, no sentido do total abandono.
À luz da fé é bom que de vez em quando sintas o chão a fugir-te debaixo dos pés, pois a uma tal situação está vinculada uma graça. Na verdade, não podes apioar-te em mais nada senão em Deus. Não te podes apoiar nem nos Seus dons, nem mesmo em qualquer dos sinais da Sua presença.(...)
Tadeusz Dajczer



Tão difícil é não construir os nosso sistemas de segurança, onde alicerçamos toda a nossa vida, como se sem eles não conseguissemos ser felizes. E como são enganadores estes sistemas, que a qualquer momento se anulam e nos deixam totalmente desamparados. A única forma de "assegurar a segurança" é apoiarmo-nos unicamente em Deus.

2 comentários:

O outro. disse...

Esse texto explica tudo. Desde a forma venenosa e imprudente, e até de certeza forma desesperada (bem elucidado nesse excerto) que a igreja tenta afastar as pessoas da sua própria humanidade, e colocar tudo nas mãos de algo pouco claro e concreto.
"(...)Se não há em ti a locura da fé e se não confias até ao extremo no amor louco de Deus por ti(...)".
Um claro apelo à desumanização do ser, de nós próprios, e a entrega louca, e sem reservas a algo, que não controlamos, e acima de tudo a uma instituição. E assim se formam fanatismos, e atrocidades em nome de Deus.

"(...)a partir do momento em que aceites que seja Deus o teu único fundamento e a tua única segurança. Com efeito, Ele tem o direito de reclamar que lhe entregues tudo; tudo, no sentido do total abandono(...)"
Um novo reforço da ideia anterior, levada ao próximo nivel, em que esse Deus (dito também quem o diz representar) têm o direito de reclamar tudo de ti, independentemente da tua condição. Novamente, deixas de ser um Ser humano, com vontades e ambições, a um mero instrumento de uma ideia maior, um carneiro, no meio de um rebanho, sem vontades, mas que é mandado, cegamente, não questionando, pois é feito acreditar, que se questionar, está a questionar a vontade de Deus.

"(...)Na verdade, não podes apioar-te em mais nada senão em Deus. Não te podes apoiar nem nos Seus dons, nem mesmo em qualquer dos sinais da Sua presença.(...)"
Mas no final, é negado qualquer apoio da parte dele. Afinal em que ficamos, apoiamo nos nele? ou afinal não nos devemos apoiar? Eu consigo compreender a importancia deste ponto por parte do autor, pois este teria de prevenir e evitar explicar o porque de esses apoios, não funcionarem, e levar a colocar em cheque a existencia de Deus. Mais vale dizer que não nos devemos apoiar neles, mas acreditar que eles tão lá? Chega a ser um paradoxo engraçado.Na verdade, não podes apioar-te em mais nada senão em Deus. Não te podes apoiar nem nos Seus dons, nem mesmo em qualquer dos sinais da Sua presença.(...)


E assim se ajuda a criar pessoas cegas, de mente fechada, e meros instrumentos fanáticos, para uso corrente por parte da igreja. Não questionem, ignorem se, ignorem a vossa humanidade.

É textos destes que não me fazem desistir desta luta constante contra a igreja católica, e a sua praga no mundo actual. A sua desumanidade, as suas mentiras, e as suas instrumentalizações.

Nature's up disse...

Caro "O outro",

Relativamente ao antepenúltimo parágrafo do seu comentário, tenho uma única coisa a dizer: A Verdade é que Deus É, de facto O Único Apoio, e no texto publicado não está escrito nem explícita nem implicitamente a forma como se recorre a Ele. É Ele, por Si Só. Não exige que seja na Igreja, instituição que o senhor despreza tanto.Deus, Concede-nos dons, a cada um de nós. A si também sim. Mas não é por eles que conseguimos o sentido da nossa vida, tratam-se apenas de ajudas, que tornam menos penosa a nossa luta para com as nossas fraquezas e tudo o que nos tenta impedir de seguir o caminho da Felicidade. O que o autor quis dizer penso que é exactamente isso. Que apesar de todos os sacramentos, todos os dons, todas as virtudes...etc, que Deus nos Dá, a nossa única Verdadeira Fonte de Vida deve ser Ele Próprio, porque apesar de muitos não acreditarem, Ele Está Sempre Presente. Onde quer que estejamos.